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ARTROSE




ARTROSE A INIMIGA DAS ARTICULAÇÕES

A artrose é inevitável, mas você pode aprender a conviver com ela com algumas medidas preventivas.

A cada movimento que você faz com os braços, as pernas, os pés e as mãos, esta utilizando suas articulações, estruturas complexas que permitem que os ossos se movimentem uns em relação aos outros. Nas extremidades em que se tocam para se articular, os ossos são protegidos por um tecido liso e resistente chamado de cartilagem. Mas quando as cartilagens se desgastam, vem a dor e a perda de movimentos: é a famosa artrose.
A artrose é uma enfermidade que costuma aparecer a partir dos 50 anos, mas que pode acometer também pessoas jovens com disposição hereditária, devido a outras doenças (como a artrite reumatóide) ou em decorrência de uma lesão. Fraturas, reumatismo ou até mesmo, no caso das mulheres, a menopausa, podem dar origem a artrose.

SINTOMAS

Os primeiros sinais da artrose costumam surgir a partir dos 50 anos de idade. O paciente tem queixa de dor, dificuldades para andar e apresenta inchaço nas articulações. Esse inchaço é causado pelo acumulo do liquido sinovial, que funciona como um “lubrificante” das articulações. “Com o desgaste das cartilagens, o organismo começa a produzir uma grande quantidade de liquido na articulação, mas ele não lubrifica adequadamente, dificulta o movimento e causa inchaço”. Da mesma forma que um óleo queimado não consegue lubrificar o motor do carro, o líquido sinovial da artrose não consegue fazer a articulação funcionar bem.
As regiões mais afetadas pela artrose são joelhos, quadril, coluna vertebral e mãos. “O paciente vem ao consultório com queixas de dores nas costas”, “e na maioria das vezes a causa é artrose na coluna, que causa compressão dos nervos e dor”.
Durante os processos inflamatórios causados pela artrose, os ortopedistas recomendam repouso, para poupar as articulações e permitir a recuperação. Mas com a melhora, o indicado é retornar a atividade física, sob orientação do médico e do fisioterapeuta, para manter e restaurar a força do paciente: “uma boa musculatura protege a articulação, e em repouso perdemos massa muscular”.

ESPORTE

Mario Namba, ortopedista do Hospital VITA Curitiba e médico da Confederação Brasileira de Ginástica, está habituado a tratar atletas de primeira linha, que utilizam intensamente as articulações. “Não se pode dizer que esporte cause artrose”, diz Namba; ”se fosse assim, todo maratonista teria essa doença”.
Segundo Namba, existe um mito de que o uso intenso das articulações pode ocasionar artrose, mas isso não tem fundamento. “Quando se vê, por exemplo, um jogador de futebol para quem a artrose surge aos 40 anos, ela certamente esta ligada a alguma lesão que esse atleta sofreu anteriormente, ou a uma doença, ou uma predisposição genética”, afirma Namba. Para ele, o esporte pode ajudar a prevenir a artrose, contando que seja feito com regularidade e orientação correta.

TRATAMENTO DE ARTROSE UTILIZA CÉLULAS TRONCO

O médico Alcy Vilas Boas Jr, dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, especialista em cirurgia do joelho, trouxe para o Brasil uma técnica de tratamento das lesões da cartilagem com a utilização de células tronco. Conhecida como “bioprotese”, a técnica utiliza cirurgia minimamente invasiva na articulacao para remover o tecido lesado e fazer perfurações ate a medula do osso, onde estão as células tronco mesenquimais. O sangramento da medula forma um coagulo que no local refaz células sadias de cartilagem. A cirurgia pode ser feita através de dois orifícios de 0,5cm cada. A recuperação do paciente de bioprotese leva em torno de 12 semanas, durante as quais ele deve andar de muletas para não por os pés no chão. Vilas Boas Jr trabalhou de 2002 a 2009 em Munique, Alemanha, onde fez doutorado e aprendeu o novo procedimento. “ Os resultados obtidos através desta técnica são muito encorajadores e realistas”, diz Vilas Boas Jr. ‘Ela é fruto de diversas pesquisas que vêm sendo desenvolvidas nos Estados Unidos e na Alemanha há mais de 25 anos”. 
  

 Exercício físico e artrose
    De acordo com o American College of Reumatology (2000), os objetivos da gestão atual do paciente com Artrose continua a incluir controle da dor e melhora nas funções relacionadas com a saúde e qualidade de vida, com a evasão, se possível, dos efeitos tóxicos da terapia.
    O Consenso Brasileiro para o Tratamento da Osteoartrite (Artrose) (2002) expõe como medida não farmacológica, a prática de exercícios terapêuticos - Fisioterapia, como fortalecimento muscular, exercício aeróbico e de alongamento, não trazendo aspectos mais específicos desta prática.
    O exercício físico vem sendo indicado à pacientes com artrose. Petrela (2000) expõe que: “Exercise is indicated for patients with mild/moderate ostearthritis of the knee but limited studies are available” (PETRELLA, 2000).
    “Quanto à participação dos exercícios no tratamento das artroses basta acentuar que eles conseguem melhorar o desempenho funcional das juntas, diminuem a necessidade do uso de fármacos, e têm ainda influência sobre o estado geral do paciente, trazendo, inclusive, benefícios psicológicos, podendo atuar modificando possíveis fatores de risco na progressão da doença. Os exercícios são particularmente úteis quando há instabilidade articular [...]. Os exercícios posturais também são de grande valia. É preciso acentuar, entretanto, que os exercícios devem seguir uma estrita avaliação médica que servirá para indicar o que deve ser feito em cada caso. Não se deve fazer simplesmente exercícios e sim os exercícios adequados e que deverão ser corretamente executados” (SEDA E SEDA, 2008).
    De acordo com Wannmacher (2006) exercícios que aumentem a força do quadríceps parece ser melhor na recuperação de função articular. No estudo de revisão de Lange et. al. (2008), foi observado que o treinamento de resistência melhorou: a força muscular; o auto-relato de dor e a função física em cerca de 50-75% dos estudos pesquisados.
    Um estudo de revisão concluiu que evidencias avaliáveis indicam pequeno benefício nos efeitos dos exercícios no tratamento de pacientes com artrose de joelho. Efeitos benéficos têm sido encontrados em vários tipos de exercícios como tratamento e recomendado para pacientes com suave/moderada artrose de joelhos (PETRELLA, 2000).
    “Even though regular exercise has proven health and functional benefits, inactivity increases as patients age” (PETRELLA, 2000)
    O efeito da dor e função do joelho com artrose para dado indivíduo parece ser relacionada a uma variedade de características individuais. Embora a literatura suporte claramente os efeitos benéficos do exercício para indivíduos com artrose de joelho, os efeitos relativamente modestos podem ser explicados pela inabilidade dos exercícios (FITZGERALD, 2005).
    A prescrição do exercício físico deve seguir uma série de quesitos tais como: tipo; duração; metodologia; intensidade; freqüência. Os estudos que aqui foram analisados seguem diferentes padrões estruturais e metodológicos, o que dificulta conclusões acerca do possível exercício que seja o melhor ou o mais ideal.
    A variação da localidade da artrose apresenta fator de relevância para prescrição do exercício. Assim, há a necessidade de mais investigações que se proponham a elucidar questões relacionadas ao tipo de exercício e a localidade da artrose.

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