Poluição e baixa umidade do ar prejudicam o treinamento no outono.
Durante o outono a poluição e a baixa umidade do ar exigem mudanças no programa de treinamento praticado de forma habitual ao ar livre. É bom lembrar que o tipo e a intensidade dos exercícios devem ser proporcionais às condições do praticante e que nesta época do ano a poluição e a baixa umidade do ar são os piores inimigos daqueles que gostam de praticar exercícios físicos e esportes em ambientes abertos. A recomendação é evitar horários e locais onde maiores concentrações de poluentes prejudicam a saúde e o desempenho no treinamento.
Durante a prática de exercícios físicos e esportes precisamos aumentar a captação de oxigênio. Para disponibilizar mais oxigênio para os músculos respiramos mais vezes inalando maior quantidade de substâncias tóxicas que podem ser nocivas para a saúde. Quanto maior a poluição pior será a qualidade do ar inspirado e menor a captação de oxigênio a ser disponibilizado para garantir a eficiência do treinamento. Tal situação sobrecarrega o trabalho dos pulmões e do coração. A respiração fica mais difícil e a péssima qualidade do ar inalado pode provocar infecções nas vias respiratórias. O coração, prejudicado pela presença de poluentes na corrente sangüínea, é obrigado a bater mais vezes para suprir a energia necessária para o trabalho muscular.
A baixa umidade é outra alteração climática do outono que contra indica o treinamento em determinados horários quando o ar está mais seco. A natação é o exercício mais indicado porque na piscina a respiração fica próxima da superfície da água e o ar é mais úmido criando condições mais favoráveis para a prática de exercícios prolongados que aumentam a demanda de oxigênio.
Quem não sabe nadar ou prefere caminhar ou correr precisa aumentar o tempo de aquecimento e reduzir a intensidade do treinamento para permitir que as vias aéreas recebam o ar que passou pelas narinas para ser aquecido, umidificado e filtrado. Exercícios extenuantes obrigam a respiração pela boca para aumentar a captação de oxigênio e limitam o uso do ar que passa pelas narinas antes de alcançar os pulmões. Como conseqüência a boca fica ressecada e apenas parte do ar inspirado é filtrado. A baixa umidade também exige maior consumo de água para compensar a adversidade climática e a perda provocada pela transpiração.
O outono é uma estação propícia para o aparecimento de doenças respiratórias, sabendo disso precisamos alterar a rotina de treinamento e, se necessário, mudar o horário, o local, o tipo e a intensidade do exercício praticado. O exercício físico só é saudável quando o praticante aprende a respeitar limites e as alterações climáticas que comprometem a prática sadia.
Texto apresentado no Jornal de Serviços da Rádio Jovem Pan AM pelo prof. Cortez.
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