Escrevi essa matérias há alguns meses na minha coluna da Revista O Empresário que circula em Florianópolis ... Mas que eu acho que vale a pena ser re- postada!!!!
As vezes vejo cada situação no esporte, que me da vergonha!!!!
As vezes vejo cada situação no esporte, que me da vergonha!!!!
AS CONSEQUÊNCIAS DO DOPING NO ESPORTE
Por Adriano Tiezerini
Daiane dos Santos, Lance Armstrong, André Agassi, Rebeca Gusmão, Marion Jones, Bem Johnson e Maradona: até quando os atletas vão se dopar e manchar suas carreiras e o esporte?
Será que utilizar o doping como meio de obtenção de resultados é correto? Esta é a questão e a resposta é pura e simplesmente não. Sou incisivo em considerar que a prática do doping não deve ser utilizada, e isto deve-se essencialmente devido a dois problemas que levanta:
- o doping vai contra a máxima do desporto, que é “o mais importante é participar, não é ganhar”. O doping visa apenas o resultado, ignorando completamente a ética do desporto. Além disso, todos os atletas devem partir em iguais condições para todas as competições. O uso de doping dá uma vantagem injusta a quem o utiliza, até porque o que se quer avaliar numa competição desportiva não é qual o atleta com mais dopantes, mas, sim,o melhor atleta numa determinada disciplina.
- o doping é uma prática altamente perigosa. Infelizmente (ou não) quase todas as técnicas dopantes apresentam perigos para saúde humana, o que só por si devia ser suficiente para dissuadir os desportistas de usá-la. A melhor condição para melhorar o desempenho em qualquer atividade é a motivação, o positivismo, o treinamento, a disciplina a educação desde criança. O individuo que se dopa deve ser banido definitivamente do meio esportivo, ele impregna o meio, faz mal a sociedade, é uma figura marcada.
O envolvimento com o uso de produtos dopantes promove no indivíduo males que prejudicam seu corpo e mente, criando uma situação desastrosa. O uso destes produtos acarretam no atleta impotência sexual, câncer, envelhecimento precoce, desequilíbrio hormonal, desmoralização social e, sobretudo, um estigma de fora da lei.
Tenho muitas suspeitas pelos atletas. Na prova dos 100m, em 1988, o canadense Ben Johnson marcou 9s79 e vimos que foi à base de esteróides anabolizantes. Onze anos depois, essa marca foi igualada pelo norte-americano Maurice Greene e superada pelo seu compatriota Tim Montgomery, com 9s78, cliente da Balco. Nos 200m, temos os 19s19 de Usain Bolt. Um atleta que participou daquela prova declarou: “Deus baixou nesse cara”.
É por causa dessas histórias que acredito que o combate ao doping é uma guerra perdida. A não ser que todos nós tenhamos uma crise de consciência e acabemos com essa praga, mas aí é acreditar em história da carochinha. O esporte se transformou num negócio extremamente lucrativo e vale qualquer coisa para se ganhar dinheiro, muito dinheiro. Mas, infelizmente, a um custo muito alto: as vidas dos atletas.
De qualquer forma, deixo aqui o meu apelo antidoping. E deixo também a minha esperança de que, no futuro, e com o avanço da genética, seja possível, por meio do código genético de cada um, perceber facilmente que tipo de doping os atletas estão usando com uma simples análise de sangue, acabando de vez, ou pelo menos reprimindo, qualquer tipo de doping. Esporte não é isso.
Matéria escrita para a Revista O Empresário www.revistaoempresario.com.br
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