Durante o isolamento, algumas pessoas estão mantendo (ou adotaram) o hábito de realizar atividade física ao ar livre, correndo ou caminhando na praia, por exemplo. Isso porque, a princípio, dessa forma, seria possível manter a distância de 1,5 a 2 metros dos outros praticantes, o que é recomendado para evitar a contaminação pelo coronavírus.
Entretanto, um estudo europeu recente revelou que esse distanciamento mínimo indicado na prevenção da Covid-19 pode não se aplicar para quem está em movimento. Uma simulação feita por cientistas da Bélgica e da Holanda mostrou que, ao caminhar ou correr, um indivíduo pode exalar ou inalar microgotículas contendo vírus num raio muito maior, de até 10 metros. A pesquisa europeia apontou ainda que, quanto maior a velocidade do exercício, maior a distância que precisaria ser mantida para evitar o contato com as partículas.
Isso significa que, se a pessoa for portadora assintomática do SARS-CoV-2, pode espalhar o vírus por uma área muito maior. Assim como os praticantes de atividades físicas também correm mais risco de se contaminar porque podem entrar em “nuvens” que contenham coronavírus em suspensão (o vírus sobreviveria até 3 horas suspenso no ar, de acordo com estudos feitos nos Estados Unidos).
A infectologista da Unimed Vitória Rubia Miossi destaca que a recomendação continua sendo a mesma: quem puder ficar em casa, não saia, nem mesmo para fazer atividades físicas ao ar livre. "O ideal é fazer exercício em casa mesmo. É muito mais seguro para todos. Com sintomas de gripe, então, mesmo que leves, não saia de jeito nenhum", recomenda.
Não deixe de usar máscaras!
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