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Epicondilite Lateral ou Cotovelo do Tenista






A Epicondilite Lateral ocorre mais comumente no tendão do músculo extensor radial do carpo (antebraço) em aproximadamente 2 cm abaixo da borda externa da articulação do cotovelo ou epicôndilo lateral do úmero. É considerada uma lesão de trauma cumulativa, que ocorre ao longo do tempo por uso repetitivo dos músculos do braço e antebraço.



Tem se chegado a conclusões que as dores crônicas de cotovelo se classificam como tendinopatia em vez de tendinites.
A tendinopatia é um termo usado para descrever lesões no tendão por longo prazo ou uso excessivo e a deterioração do tendão, em vez de uma lesão aguda que causa a inflamação do tendão. A distinção é importante, pois a lesão causada pela tendinite é tratada de forma diferente à tendinopatia. A tendinite responde com maior rapidez ao tratamento, já a tendinopatia por se tratar de uma degeneração do tendão, pode necessitar de um tempo maior de tratamento, pois vai demandar uma reconstrução tecidual e fortalecimento da região afetada.


Nos esportes de raquete, o uso dos músculos extensores do antebraço, especialmente o extensor Curto do carpo, juntamente com o impacto repetitivo pode aumentar o risco do desenvolvimento da lesão cotovelo de tenista. Outros fatores que podem contribuir incluem a falta de força, deficiência na técnica e aumento da duração ou intensidade do jogo. Ainda há uma preocupação com a tensão da raquete, levando a forças superiores de impacto sobre os músculos do antebraço, o que pode aumentar a tensão sobre os tendões.






A articulação do cotovelo é composta por três ossos; o osso do braço (Úmero) e dois do antebraço (rádio e Ulna). Há protuberâncias nas faces lateral e medial do cotovelo denominados epicôndilos, onde se inserem músculos tendões e ligamentos .
A epicondilite lateral (cotovelo do tenista) envolve músculos e tendões do antebraço. O tendão que normalmente se envolve nesta lesão é o Extensor Radial Curto do Carpo (ERCC).






Sinais e Sintomas

- Dor na face lateral do cotovelo, aproximadamente 1 - 2 cm da superfície óssea.
- Fraqueza no punho com dificuldade em realizar tarefas simples, como abrir uma maçaneta de porta ou apertar a mão de alguém.
- Dor na face externa do cotovelo quando a mão é dobrada pra trás (extensão) no punho contra resistência.
- Dor na face externa do cotovelo ao tentar endireitar os dedos contra resistência.
- Dor ao pressionar (palpação), logo abaixo do epicôndilo lateral.


Outras lesões e condições com sintomas semelhantes:
Os sintomas desta lesão são muito semelhantes ao encarceramento do nervo radial.
É importante ter a cervical (pescoço) examinado com critérios. Pois esta região é de grande importância na que diz respeito à inervação dos membros superiores.

Causas

Esta lesão é geralmente causada por uso excessivo ou esforço repetitivo causado por extensão repetida (flexão para trás) do punho contra resistência. Isto pode ser de atividades como tênis, badminton ou squash, mas também é comum após períodos de uso excessivo de punho no dia-a-dia.

Exames
- O mais importante é concluir o diagnóstico e descartar outras patologias que por ventura se assemelham aos sintomas.
RX
- É necessário pois pode-se através deste exame descartar ou concluir a presença de artrite no cotovelo
Ressonância magnética (RM)
- É uma boa referência para se avaliar a coluna cervical e observar o grau de comprometimento deste segmento nos sintomas referidos. Como a Hérnia discal ou artrite , ambos referem dor no braço.
Eletroneuromiografia (EMG)
- Este exame é ótimo para descartar compressão de inervação do membro afetado.

Cuidados Imediatos
- Aplicar gelo local, (dependendo do quadro até 4 vezes ao dia por 15 minutos). Isto ajudará a reduzir a dor e a inflamação de estiver presente.

- Descanso, um componente extremamente importante na cura desta lesão.
- Usar uma cinta - brace (se possível), para proteger o tendão enquanto cura e fortalece, especialmente quando retornam ao esporte. A cinta não deve ser colocada sobre a área dolorosa, mas sim cerca de 10 cm abaixo do antebraço. Tal como acontece nas lesoes dos tecidos moles.

- Um programa de reabilitação deve ser estabelecido o quanto antes com o Fisioterapeuta.



TRATAMENTO


Cerca de 80% a 95% dos pacientes tem sucesso no tratamento não cirúrgico.

Objetivos na Reabilitação:

- Reduzir a dor e inflamação
- Identificar as possíveis causas da lesão
- Alongamento e fortalecimento
- Retorno gradual ao esporte ou atividade laboral.

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