RELEMBRANDO UM TEXTO ESCRITO POR MINHA PESSOA NO ANO DE 2.009 E ESTÁ REGISTRADO NO GOOGLE.
JOELHO O GRANDE VILÃO DOS ESPORTISTAS DE GRANDE IMPACTO
Adriano Tiezerini
O joelho é uma das articulações mais lesionadas em atletas MMA e Jiu-Jitsu, isso se deve as suas funções de sustentação e movimentação do corpo e ainda pelo fato de que esses esportes submetem os joelhos ao estresse.
O Joelho pode sofrer as seguintes lesões ortopédicas: contusões, entorses, lesões meniscais, ligamentares e capsulares (mais frequentes); sub-luxações, luxações, lesões de cartilagem articular e fraturas. As lesões neurológicas e vasculares ao nível do joelho são mais raras que as citadas.
As contusões são de menor gravidade e evoluem bem com tratamentos medicamentosos, ortopédicos e fisioterápicos. As lesões meniscais, em sua maioria, evoluem para tratamento cirúrgico. As lesões ligamentares, que comprometem a estabilidade do joelho, devem merecer atenção especial. Se não tratadas adequadamente, deixam seqüelas importantes. Os ligamentos mais lesionados são o cruzado anterior (LCA) e o colateral medial (LCM) – a associação dessas lesões com a do menisco medial é comum.
As lesões do LCA decorrem de mudança de direção, salto, arrancadas ou freadas rápidas durante o treino; as do LCM, dos traumas na face lateral do joelho (essas são as mais comuns em atletas de Karate, Muay-Thay e MMA). O despreparo físico é fator importante de risco para a integridade dos joelhos.
Os ligamentos colateral lateral (LCL) e cruzado anterior (LCP) são lesionados mais raramente, mas também recebem tratamento cirúrgico. O LCL é lesionado por trauma na face medial e/ou por rotação forçada do joelho. O LCP decorre de trauma na região anterior da parte superior da perna e ainda por trauma indireto (que não incidem diretamente no joelho).
O joelho traumatizado pode ser tratado, como as demais articulações móveis (diartrose), por métodos incruento (sem cirurgia) ou cruentos (cirúrgicos). Os meios não cirúrgicos são os medicamentos, os métodos ortopédicos e a fisioterapia. A literatura americana oferece uma sigla que facilita o aprendizado dessa abordagem terapêutica no que se refere ao tratamento não operatório: P.R.I.C.E., P para proteção (contensão com imobilizadores mais ou menos firme, dependendo do tipo de lesão), R para repouso (absoluto ou relativo), I de ice (o gelo deve ser usado 4 a 5 vezes por dia durante 15 a 20 minutos); C de compressão (através de uma bandagem elástica ou joelheira, com cuidado para não provocar obstrução vascular) e E de elevação (manter o membro lesionado elevado para evitar ou reduzir o edema pós- traumático).
Não se devem subestimar as lesões traumáticas, muito menos aquelas que acometem no joelho. Procurar um ortopedista experiente é a atitude mais segura nesses casos. Lesões aparentemente simples podem trazer danos importantes para a articulação a médio e a longo prazos. As dores crônicas do joelho levam a atrofia muscular, que aumentam a instabilidade articular e, consequentemente, o risco de lesões.
A prevenção dessas lesões deve ser feita através de preparo físico adequado (destaque-se a necessidade de uma musculatura da coxa ágil e coordenada), aquecimento prévio, obediência as normas de segurança do esporte, como o uso de equipamentos de proteção, e só volte a treinar depois de passar por novas avaliações, para que não ocorram recidivas e deixem o atleta mais tempo parado.
Aos primeiros sintomas de dor procure seu médico!
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