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Tendinite Patelar é a síndrome que afeta os joelhos dos corredores.


Maior causa de afastamento de praticantes de corrida, problema está intimamente ligado ao excesso de treinos e microtraumas repetições

Durante os treinos, você começa a sentir uma dorzinha chata no joelho, e de repente ela piora para uma dor crônica, principalmente ao subir escadas e cruzar as pernas. Pode ser tendinite patelar, uma síndrome gerada pelo excesso de exercícios e falta de alongamento. Entenda melhor o problema com as explicações do Eu Atleta.
Homem com dor no joelho (Foto: Getty Images)Dores no joelho são geradas pelo excesso de exercícios e falta de alongamento (Foto: Getty Images)


A tendinite patelar é uma síndrome gerada pelo excesso de treinos, muitas vezes além do limite de elasticidade e resistência do tendão. A dor se localiza na inserção do quadríceps (acima da patela), no corpo do tendão ou na tuberosidade da tíbia (abaixo do joelho). Geralmente, ela começa suave e melhora durante a atividade. A tendinite patelar pode ser dividida em várias fases e as dores mais comuns são:

- Dor no polo superior ou inferior da patela, sendo a mais frequente no polo inferior da patela;
- Dor percebida no dia a dia, como por exemplo ao subir e descer escadas;
- Dor ao usar salto alto;
- Dor ao estender as pernas ou caso permaneça por um longo período sentado (perna cruzada);
- Dor no início da prática esportiva com leve limitação;
- Dor durante a prática esportiva sem limitação;
- Dor durante a prática esportiva com limitação;
- Rutura do tendão, tornando-se incapacitante.
CAUSAS
Uma das causas da tendinite patelar é o overuse, ou seja, excesso de uso, além de também ser desencadeada por fraqueza da musculatura da perna e falta de alongamento. No geral, é gerada por microtraumas repetidos no decorrer dos treinamentos, que podem acontecer devido a desequilíbrios musculares ou fadiga, muito impacto, sobrecarga e aumento da intensidade de treinos, erros posturais, doenças reumatológicas e deformidades ortopédicas. Está associada ao tempo e à velocidade das atividades.
COMO EVITAR
Mulher alongando antes de correr (Foto: Getty Images)Fazer alongamento serve para melhorar a flexibilidade muscular (Foto: Getty Images)
Como todos os outros problemas decorrentes de exercícios, a prevenção é a principal arma contra essa patologia, e deve englobar: 
- Treinamentos em superfícies de menor impacto;
- Exercícios de coordenação;
- Alongamentos para melhorar a flexibilidade muscular;
- Musculação para fortalecer os músculos;
- Correções de vícios e postura;
- Treinar corretamente, sem exageros;
- Usar tênis adequado para cada pisada.
TRATAMENTO
Uma vez diagnosticada a lesão, através de uma ressonância magnética ou por exames feitos por um médico especializado, o tratamento se torna necessário, sempre respeitando a individualidade de cada pessoa. Medicamentos também podem ser administrados, mas sempre com orientação médica. Já a fisioterapia é um primeiro e indispensável passo para diminuir o quadro de dor e o déficit do atleta, realizado na avaliação da fisioterapia.
RELATOS
"Comecei sentindo fortes dores no local e, após procurar um especialista em joelho, constatou-se a lesão. Comecei fazendo sessões de exercícios e isometria (agachamento,equilíbrio em uma perna só, movimento de corrida em cama elástica), com fortalecimentos específicos e gelo. Parei com as corridas por causa do impacto, mas pedalava como parte do tratamento. Agora corro distâncias curtas (até 8 km), com velocidade moderada, e ainda continuo o fortalecimento. Além do local, fortaleço especialmente a lombar e o abdômen, para ajudar na sustentação do corpo"  Renato Paim, São Paulo (SP)
"Meu ortopedista me recomendou parar de correr, mas eu não quis. Ele então me disse que terei que conviver com essa dor o resto da vida. Para minimizar, reduzi o número de treinos semanais, que eram de cinco a seis vezes por semana, para duas a três, e inclui natação. Gelo sempre que dá eu coloco, e já fiz 50 sessões de fisioterapia, que não vi muito resultado, só um certo alívio" Marcelo Velloso, Rio de Janeiro (RJ)
PALAVRA DE ESPECIALISTA
"A fisioterapia é essencial nesses casos para conter o processo inflamatório, ajustar os movimentos do joelho e assim diminuir a sobrecarga sobre o tendão. Sem uma correta reabilitação da força muscular e da biomecânica da articulação, o problema não está totalmente solucionado e as dores podem acabar voltando." Raquel Castanharo, especialista do Eu Atleta, fisioterapeuta e mestranda em biomecânica da corrida na USP

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