Mudanças são semelhantes a asma
Nadadores de competição que treinam em piscinas cobertas com cloro têm alterações em seus pulmões semelhantes às das pessoas com asma branda, segundo um novo estudo.
Pesquisadores da França e do Canadá compararam tecidos pulmonares e testes respiratórios de vinte e três nadadores canadenses de elite, cuja idade média era de 21 anos, a 10 pessoas com asma branda e 10 saudáveis e não alérgicas da mesma idade.
A equipe, liderada por Valerie Bougault, da Universidade de Saúde e Direito Lille 2, na França, descobriu que amostras de tecidos dos pulmões dos nadadores tinham seis vezes mais células imunes associadas com asma e alergias que o tecido dos pesquisados saudáveis – uma quantidade semelhante à encontrada naqueles com asma branda. Nadadores e asmáticos também mostraram evidência de tecido cicatrizado nos pulmões, o que não aconteceu com pessoas saudáveis.
“Esta estudo é o primeiro a mostrar evidência direta de danos às vias respiratórias causados pelo nado em piscinas com cloro,” disse Alfred Bernard, toxicologista na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, segundo o
.
Ainda não sabe com clareza o que significam estas mudanças. “Não há evidência corrente que sugira que as mudanças levarão à asma em algum momento,” afirmou Sally Wenzel, pneumologista da Universidade de Pittsburgh.
Pesquisas anteriores ligaram a exposição a substâncias químicas em piscinas, através da água e do ar, a alergias respiratórias e asma.
Embora funcione como um desinfetante, o cloro reage com uma ampla gama de substâncias químicas do suor, da urina e do cabelo humanos, criando subprodutos que causam dano à saúde. Estes subprodutos são muito voláteis e escapam para o ar acima da água, de acordo com Ernest Blatchley, engenheiro ambiental da Universidade Purdue.
Nadadores competitivos inalam grandes quantidades destes subprodutos do cloro. A exposição a eles pode torná-los mais sensíveis a alergênicos como caspas de animais domésticos, pólen e poeira
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