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SURF & SAÚDE | OMBRO E SUAS COMPLICAÇÕES


Heitor Alves forçando o braço no limite
As lesões envolvendo o ombro são geralmente causadas pela pancada do surfista com a prancha, e incluem fraturas de clavícula, úmero ou omoplata, separações da clavícula ou luxações e deslocamentos dos ossos.
Fraturas:
Em geral a força que causa o traumatismo incide na ponta do ombro ou no úmero, que ao bater na água, sofre uma carga axial prejudicial.
Uma sensibilidade excessiva do local indica uma provável fratura. Nesse caso, o membro deve ser imobilizado por uma tipóia e aplica-se gelo até que se consiga fazer um raio-x ou o exame recomendado por um médico.
Tratamento e Recuperação:
Fraturas no ombro podem exigir cirurgia, mas no caso da clavícula a recuperação em geral só requer imobilização com tipóia.
No caso de uma fratura na omoplata, uma lesão de alta energia normalmente causada por ondas poderosas, como Teahupoo e Pipeline, também pode-se curar com a imobilização do membro, mas deve-se tomar o cuidado com possíveis lesões associadas às costelas, coração e pulmão.
Depois de curada a fratura, passados de 60 a 90 dias do acidente, antes de voltar ao surf, os movimentos de força e amplitude devem ser restaurados. Os exercícios de recuperação incluem movimentos ativos e passivos, seguidos de um programa de fortalecimento muscular.
Deslocamento:
O deslocamento do ombro no surf é precedido por um caldo violento, quando o braço é forçado a uma rotação externa ou afastamento extremo após o choque com a água, prancha ou com o fundo do mar.
O ombro pode ser colocado no lugar pelo próprio surfista e muitos voltam a surfar minutos após o incidente, mas você deve ter experiência para fazer isso sem causar danos.
No caso de necessitar ajuda, alguém treinado que esteja na praia pode auxiliar a recolocá-lo, sem problemas. Ainda assim, um relaxamento muscular (às vezes acompanhado de medicamentos) é necessário para a amenizar as dores.
Mais de 90% dos deslocamentos de ombro ocorrem na direção dianteira. Esse mesmo percentual é o de pessoas que tem novos deslocamentos quando não há correção cirúrgica. Por esse motivo um período de recuperação de 4 a 6 semanas com o uso da “tipóia” é tão importante.
No caso de haver o processo cirúrgico, a recuperação deve levar de 3 a 4 meses e a recuperação exige processo de fisioterapia para restabelecer os movimentos e força muscular.
Na próxima semana o Surf & Saúde seguirá abordando as complicações relacionadas ao ombro, como a ruptura de tendão e o stress causado pelo esforço repetitivo de remada.
Fonte: Surfing & Health, de Joel Steinman MD. Editora Meyer & Meyer Sport.

Lógico que nosso desejo é que ninguém se machuque, mas caso isso infelizmente ocorra, minha indicação é a linha de produtos ortopédicos da Mormaii

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